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sexta-feira, 18 de abril de 2014

EUA CONGELAM BENS DA TELEXFREE

A Justiça dos Estados Unidos determinou o congelamentos dos bens do grupo Telexfree, acusado de ser uma pirâmide financeira que amealhou cerca de R$ 3 bilhões em todo o mundo. No Brasil, estima-se que 1 milhão investiram no negócio.

O pedido foi feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) americana, que considerou a Telexfree uma “máquina de fazer dinheiro” operada por um grupo de oito acusados, dos quais dois brasileiros.

A Telexfree diz ter levantado cerca de R$ 3 bilhões, mas a documentação em poder da CVMamericana, por enquanto, só confirma a existência de R$ 674 milhões – o paradeiro da maioria desse volume, entretanto, segue desconhecido.

Ainda assim, o bloqueio judicial permitiu assegurar “milhões de dólares e impedir a dissipação dos bens dos investidores” atraídos para uma “pirâmide financeira sofisticada” disfarçada de venda de telefonia VoIP, segundo a CVM.

Nos últimos meses, os acusados tentaram desviar R$ 67 milhões da empresa, parte desse valor para contas em Cingapura e na República Domincana.


A decisão pelo bloqueio foi dada pela Justiça americana na quarta-feira (16), um dia depois de a Telexfree ser declarada uma pirâmide por uma unidade de fiscalização de Massachusetts, onde a empresa tem a sede. Pouco antes, a empresa havia entrado com um pedido de recuperação judicial.

São acusados de operar a fraude James Matthew Merrill, Steve Labriola e o brasileiro Carlos Wanzeler, fundadores da Telexfree e Joseph H. Craft, presidente financeiro do grupo.

A medida, entretanto, também atingiu grandes divulgadores: o brasileiro Sanderley Rodrigues, premiado como líder mundial do negócio em 2013; Randy Crosby e Faith Sloan.

Em 2006, Rodrigues já havia sido acusado de liderar uma outra pirâmide financeira nos Estados Unidos.

A reportagem não consegui contato comCrosby e Faith. Rodrigues não respondeu aos contatos da reportagem.

Os pequenos empresários Merrill, Wanzeler e Labriola criaram a Telexfree em 2002 nos EUA, mas o negócio ganhou força em 2012, quando tomou a forma atual e começou a fazer sucesso no Brasil.

A Telexfree promete lucro rápido na venda de pacotes VoIP e colocação de anúncios na internet. Para aderir, os investidores têm de pagar taxas de adesão.

Segundo a CVM  americana, entretanto, a Telexfree faturou apenas R$ 2,9 milhões com vendas de pactoes VoIP entre agosto de 2012 e março de 2014, ou pouco mais de 1% dos R$ 2,5 bilhões que prometeu pagar aos divulgadores. Nesse período, a empresa vendeu 26,3 mil pacotes VoIP, embora admita ter cerca de 700 mil divulgadores em todo o mundo.

Assim, o negócio se sustenta das taxas de adesão pagas pelos associados, acusam as autoridades americanas.

No Brasil, estima-se que a Telexfree tenha atraído cerca de 1 milhão de pessoas entre 2012, quando começou a atuar, e junho de 2013, quando o braço brasileiro foi bloqueado a pedido do Ministério Público do Acre. O processo, que pede ressarcimento aos divulgadores, ainda não julgado.

O bloqueio no Brasil também não impediu que a Telexfree continuasse a captar gente no País. Como o iG mostrou, a empresa ainda permitia a adesão de residentes daqui por meio de suas unidades nos Estados Unidos.
 Procurado, o Ministério da Justiça não se pronunciou.

IG

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